A mudança é sempre algo a que as pessoas não aceitam bem, principalmente as mudanças que não controlamos. Quando as mudanças acontecem em catadupa a adaptação torna-se ainda mais difícil. As pessoas que chegam, as pessoas que saiem. Os lugares que mudam. Todos os dias, a toda a hora de tal maneira a que chega o momento em que não aguentamos mais e dizemos ao mundo que páre, por uns momentos, apenas para ganharmos fôlego. O mundo não pára e se nós não conseguimos acompanhar o seu ritmo, ele arrasta-nos. Estou satisfeito por ver que em 7 anos de intensas mudanças me sinto pronto, pela primeira vez na minha vida, para enfrentar todos os desafios que me esperam. Não por ter a certeza de que os vou superar à primeira, de que finalmente me tornei mais humano do que humando. Apenas... e reforço o apenas... por sentir. Foi preciso descer ao inferno para isso mas serviu. Sei que ainda vou descer um pouco mais e que vou arriscar talvez desnecessariamente, mas de que outra forma vou saber de que estou pronto se não for posto à prova? Mas estou a afastar-me da mensagem principal. Precisamos de olhar para dentro, mais do que o que fazemos. Olhar com olhos de ver. Quando isso for feito, por muito que as coisas mudem podemos contar com algo que sabemos que nunca vai mudar.
Nós próprios.
Nós próprios.