Recentemente cheguei à conclusão que não sei amar ou não sei o que é o amor. Nunca o senti. Ou talvez o esteja a sentir pela primeira vez. Há quem diga que com amor tudo fica claro, há quem diga que com o amor tudo fica confuso. Eu vejo tudo claramente mas o que vejo, deixa-me confuso. Toda a minha vida procurei por regras, por provas por algo que me pudesse guiar, por gurus ou vozes que me dissessem:
"Se construíres, eles virão"
E volta e meia, lá estou eu nessa situação. A esperar ouvir essa voz. Já deixei o guru para trás faz tempo e a voz... a voz abandonou-me, ou eu abandonei-a por falta de fé. Eu gostaria de vos explicar melhor porque na verdade ninguém vai entender. Ou quase ninguém.
Sempre que me resigno à minha situação, condição e destino, há sempre qualquer coisa que me desperta. Algum oásis que me obriga a correr na sua direcção, coisa que faço sempre, apesar da voz me dizer "não vás".
Mas eu vou.
Fechado ao mundo, afastado de tudo e de todos, e livre para percorrer o meu caminho de suposta criatividade mental e vivência imaginária dentro de mim próprio, eu estava quase a conformar-me com a minha sorte. Apesar de tudo, não me posso queixar. Tento combater as minhas preocupações conforme elas vão aparecendo, tento minimizá-las como posso sem me deixar abater por elas. Até que surge algo. Uma espécie de miragem. Mais um oásis, penso eu, um refúgio que sonho secretamente. Mas essa miragem, esse oásis... não me parece real. Não pode ser. Não, agora que me tinha habituado ao deserto.
E eu ouço as vozes dizerem-me:
"Se construíres, eles virão"
E eu recuso-me. Para construir algo, terei de destruir algo, tal como fizeram comigo anos atrás. Destruir para construir. E eu recuso-me. Eu sou egóista, eu fecho os olhos e volto as costas ao mundo, porque não o sinto. Não o quero sentir. Porque não consigo sentir. Pelo menos nada de bom. Será o amor egóista? Será que tenho que ser egóista para construir o meu lar de felicidade? Será que para ser feliz alguém terá de ser infeliz? Talvez... mas não por iniciativa minha.
Vou ter que me contentar com as miragens porque essas só me fazem mal a mim.
"Se construíres, eles virão"
E volta e meia, lá estou eu nessa situação. A esperar ouvir essa voz. Já deixei o guru para trás faz tempo e a voz... a voz abandonou-me, ou eu abandonei-a por falta de fé. Eu gostaria de vos explicar melhor porque na verdade ninguém vai entender. Ou quase ninguém.
Sempre que me resigno à minha situação, condição e destino, há sempre qualquer coisa que me desperta. Algum oásis que me obriga a correr na sua direcção, coisa que faço sempre, apesar da voz me dizer "não vás".
Mas eu vou.
Fechado ao mundo, afastado de tudo e de todos, e livre para percorrer o meu caminho de suposta criatividade mental e vivência imaginária dentro de mim próprio, eu estava quase a conformar-me com a minha sorte. Apesar de tudo, não me posso queixar. Tento combater as minhas preocupações conforme elas vão aparecendo, tento minimizá-las como posso sem me deixar abater por elas. Até que surge algo. Uma espécie de miragem. Mais um oásis, penso eu, um refúgio que sonho secretamente. Mas essa miragem, esse oásis... não me parece real. Não pode ser. Não, agora que me tinha habituado ao deserto.
E eu ouço as vozes dizerem-me:
"Se construíres, eles virão"
E eu recuso-me. Para construir algo, terei de destruir algo, tal como fizeram comigo anos atrás. Destruir para construir. E eu recuso-me. Eu sou egóista, eu fecho os olhos e volto as costas ao mundo, porque não o sinto. Não o quero sentir. Porque não consigo sentir. Pelo menos nada de bom. Será o amor egóista? Será que tenho que ser egóista para construir o meu lar de felicidade? Será que para ser feliz alguém terá de ser infeliz? Talvez... mas não por iniciativa minha.
Vou ter que me contentar com as miragens porque essas só me fazem mal a mim.