É o que todos nos acabamos por perguntar a uma certa altura da nossa vida. Nesta casa é suposto as coisas serem terra-a-terra embora elas venham da alma mas até mesmo no preto e branco as coisas fogem para o cinzento. A grande área indefinida que surge quase sempre inesperadamente. Tudo porque tem que haver um sentido, algo que nos faça parar de questionar. Ou pelo menos a sentir que ilusoriamente se tem um sentido delineado. Ninguém nos poderá indicar, ninguém nos poderá dizer o que sentimos a não ser nós próprios. Sentimos o sentido, com ou sem sentido. Mas o que é mais engraçado é que mesmo esse sentido, pessoal e preferencialmente intransmissível, nos é desconhecido. Temos demasiadas coisas em que pensar, demasiadas distracções que não nos permitem parar. A inércia pode trazer o aborrecimento para os despreparados mas é a oportunidade ideal para conseguir olhar para dentro. Anda-se uma vida toda à procura do sentido na natureza, nas pessoas, nas coisas e até de espelhos.
Apaguem as luzes.
E vejam... se há realmente um sentido.
Apaguem as luzes.
E vejam... se há realmente um sentido.