Hoje voltei a ler tudo o que escreveste. Já se passaram meses. Tinha tudo arquivado na memória do computador. (O que interessa?). Voltei a ler tudo, ou quase. Muitas das imagens já nem lá estavam. Eras apenas tu, o que sentias, o que te magoava, o quanto o amavas sem que ele te merecesse...Mas tu amava-lo, mesmo assim.
Tenho saudades de ti, hoje. Não apenas hoje mas em quase todos os outros dias. Fizeste-me sofrer sim. Não sei se foi mentira ou verdade mas o certo é que ficou marcado em mim. Nunca compreendi porquê, porquê eu, porquê aquilo. Porquê...depois de eu ter confiado tanto em ti. Depois de eu te ter tentado...acarinhar tanto.
Tanto tu como eu sonhávamos com um mundo irreal, que os outros condenavam, depreciavam.Das poucas vezes que estivemos lado a lado, falaste-me de ti. Dele. Do teu mundo. Do que sonhavas para ti.
Eu só queria ter-te dado a mão nas alturas certas mas de certa maneira, não era a minha que tu querias...havia outras. Outras que te tinham segurado mais vezes, as mesmas que te deixaram...ou fizeram... cair.
Não sei o que hei-de pensar. Se tudo aconteceu então não faz sentido sentir a tua falta desta maneira, como se alguma vez tivesses...feito parte de mim. Mas sim, sinto. Sinto que durante algum tempo, pouco tempo talvez, fomos iguais.
Agora somos meras sombras que nos evitamos, que procuramos de vez em quando sentirmo-nos mais perto...Mais perto do que já fomos?
Ou continuamos a ser?
Diz-me...ainda és assim? Ainda quererias a minha mão agora?
E...tornarias a afastar-te quando outras mãos se estendessem?
Diz-me...sinto a tua falta.
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