Não sei como se faz. É um mistério. Durante algumas fases penso que as pessoas passam todas o mesmo que eu, quando por exemplo têm que ir a uma festa de anos de uma pessoa que gostam bastante mas que depois não conhecem mais ninguém. O sentir deslocado num meio que apesar de não parecer (e admito, não o ser), torna-se ameaçador. Mas penso, na minha ingenuidade ou esperança - ainda não descobri qual das duas - que também as outras pessoas nesses eventos são como eu, que não querem sair de casa para estar a ensaiar sorrisos e não têm conversa nenhuma para fazer com pessoas que mal conhecem. O problema é que é preciso passar por esses momentos porque o ser humano é, para o bem ou para o mal, um animal social. No fundo todo o processo da socialização é para mim como ir ao laboratório em que tenho de fazer análises ao sangue. Fechar os olhos e pensar que é só uma pica e pronto.
O meu principal problema é que não me custa nada tirar sangue, agora estar com pessoas que não conheço em ambientes de festa... dá-me vontade de experimentar uma endoscopia rectal.
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