O nosso caminho tem sempre aqueles momentos em que olhamos para trás por não se encontrar nada de interessante no local onde nos encontramos agora e quando o futuro parece ser um grande vazio. Então olha-se para trás com esperança.
"Ah, se eu encontrasse aquela pessoa novamente... como será que ela está? "
Normalmente, costuma haver uma certa nostalgia e uma certa dor porque esses exercícios mentais não passam disso mesmo. De exercícios mentais, em que não podemos fazer nada. As pessoas não estão ao nosso alcance. Saíram da nossa vida, por nossa decisão ou inércia, e no momento em que temos esta vontade doentia de reviver o passado no presente, acabamos por concluir que não há nada que possamos fazer para mudar esse estado.
No entanto, também é possível viver no presente, sem ter uma visão propriamente pessimista do futuro, para que o passado se cruze connosco. Ver as mudanças físicas, ver como tanto mudou, como tanto tempo passou sem que se desse conta. Como a vida passou, não só no nosso lado mas como também do outro. Como a vida, de certa forma, passou por nós, e em certos momentos, inevitavelmente, passou por cima de nós.
As pessoas saíram da nossa vida e descobrimos que por vezes não conseguimos controlar nada, que muitas das vezes, mesmo que façamos um esforço, as pessoas saem da nossa vida. E até podem nem existir motivos palpáveis, até pode ter escapado ao nosso controlo, à nossa compreensão. Não interessa. O que interessa ter presente é que a única pessoa que não devia ter saído da nossa vida é aquela que normalmente não sentimos falta quando se ausenta. Nós próprios.
Quando nós voltamos a casa, todas as saídas são encaradas de forma positiva, todos os regressos com um juízo, sem exagerados exercícios de nostalgia que nos distraem daquilo que é realmente importante. Aquilo que nos faz realmente viver, aquilo que nos faz realmente sentir, de forma verdadeira, de forma pura, sem ilusões.
O Agora.
No comments:
Post a Comment