Nós próprios.
Sunday, December 23, 2007
A Mudança
Nós próprios.
Saturday, November 03, 2007
Silêncio
Talvez por ser simples seja tão difícil de compreender para alguns. Não é algo que estranhe. Mas isso não vai fazer desaparecer essa necessidade de silêncio.
Saturday, September 22, 2007
Reclamação Positiva
E que tal um dia, se a ocasião justificar, pedir o livro de reclamações para dizer que comemos bem, que o pessoal que nos serviu foi simpático e eficiente e que faremos o possível para lá voltar? E se estendermos isso a coisas mais simples, a pessoas que tomamos por garantidas, que sabemos que estão do nosso lado, que nos apoiam? Que nos vão continuar a apoiar através da sua amizade leal que não nos tem faltado, que nos tem apoiado nos momentos mais difíceis? Porque não dizer a essas pessoas
Gosto de ti
Não deve ser assim tão difícil como isso ou é? Reconhecer perante outra pessoa e em voz alta aquilo que sentimos por ela. Não porque ela fez anos ou está em baixo. Apenas porque sentimos o que sentimos. Porque sim. Porque não se deve guardar dentro de nós o que temos de positivo e apenas soltar o negativo. Quem sabe se não soltarmos mais o positivo, ele não volta a nós, por outra pessoa, por outra coisa qualquer positiva? Mas esta não é a razão. Não é apenas para sermos beneficiados com algo. É apenas porque sim. Porque se se sente, deve-se falar. Deve-se transmitir. Sempre que nos apeteça, sempre que nos for necessário. Sempre
E por isso.
Gosto de ti, porque estiveste comigo, porque me deste o teu ombro quando mais precisei de chorar, porque me dizes o que pensas mesmo sabendo que eu não concordo com isso, porque me és sincera. Gosto de ti porque me fazes sentir especial quando tenho mil e uma merdas em cima da cabeça e me fazes sentir que é uma injustiça mas dás-me confiança e esperança em que isso vai ser apenas algo breve mas não tens pena de mim e não fomentas em que entre em ataques de auto-piedade. Gosto de ti porque me lembras constantemente aquilo que procuro na humanidade. Gosto de ti pelos teus defeitos, pela tua força e pela tua luta interior contigo própria. Gosto da tua inspiração, da que me dás, para viver, para amar. Gosto de ti.
Como amiga, ser humano, companheira.
Gosto de ti.
Para ti Ana
Tuesday, September 11, 2007
Carneiros
Não estou com isto a dizer que os MacCann são inocentes ou culpados. Apesar de todas as coisas estranhas que se passaram - tal como a primeira coisa que fizeram assim que descobriram que a filha desapareceu foi ligar para a Sky News e não para a polícia; o site ter sido montado de um dia para outro para recolher fundos e terem logo sido contratados acessores de imprensa de renome, um deles ser agora o acessor de imprensa do Primeiro Ministro britânico - o casal só será culpado quando for provado em tribunal. Estes julgamentos na praça pública só provam como as pessoas não têm coerência naquilo que dizem ou fazem.
Independentemente do casal ser culpado pelo assassinato da filha e por ter pago a dois dos melhores advogados da Inglaterra, com honorários a chegar aos 800 euros por hora, se safar das acusações.
Saturday, September 08, 2007
Ausência
Eu não vou explicar.
Reservo a mim o direito de ser ausente de tudo e de todos e de me afastar do mundo para os diversos criados para mim. A realidade aborrece-me por ser previsível, os problemas não mudam realmente. Não estou para os amigos do passado, não estou para amizades superficiais, não estou para arranjar a paciência que esgotei a tentar arranjá-la. Não estou para a vida que me continuam a dizer que tenho de fazer. Não estou para o vazio que querem que siga mesmo que isso signifique o "cheio" só e nú, numa caverna longe de tudo e de todos. Não estou para promessas de planos e vidas que nunca se vão cumprir, para juras de amor vazias de sentido e razão apenas feitas no calor da paixão ou elevado apetite sexual. Não estou para conversas de circunstância, olhares para a atmosfera, olás-tudobem-adeus. Não estou para convívios e socializações vazias e fúteis. Não estou para engates. Não vou fingir ser uma pessoa vazia e fútil apenas para agradar aos meus instintos mais primitivos e animais e para depois me censurar a mim próprio o porquê de me ter envolvido com alguém que não me diz a ponta do corno.
Simplesmente não estou. No bar, em casa, na cidade, distrito, na porra do país da porra do mundo na merda do sistema solar.
Mas não tenham medo, que onde eu ando, não há a possibilidade de nos encontrarmos. Mas se por alguma eventualidade do destino isso acontecer, continuam a não haver motivos para preocupação. Eu sou aquele que não é notado porque não quer ser notado. Eu sou aquele que desliza entre as multidões no sentido oposto delas. Por isso se estivermos alguma vez perto, eu irei definitivamente na direcção contrária.
Saturday, August 25, 2007
Presente
Quem me dera andar no liceu outra vez, curtir a vida, ser jovem outra vez mas com o que sei hoje.
Ou então, depositamos as esperança num futuro milagreiro que nos vai trazer aquilo que não conseguimos que o presente nos traga:
Quando eu ganhar a lotaria, quando eu for rico, quando eu me casar, quando vou ter um bom emprego é que vou ser realmente feliz.
Bem, a vida não tem segredos nenhuns. Provavelmente nós é que interpretamos as coisas sempre da maneira errada. Da maneira mais fácil. O segredo de tudo é bastante simples, muito simples. Tão simples que surge camuflado em rotinas, em empregos maus e aborrecidos. O melhor momento para se viver é sempre o presente, porque mesmo sendo uma má realidade, é a única que se tem.
Wednesday, August 08, 2007
Aparece
Wednesday, July 11, 2007
Dispensáveis
Estou um bocado em estado de choque... foram precisos dois casos ficarem mediáticos (um pelo menos que trouxe o outro por arrasto ao conhecimento público) de pessoas que morreram se lhes ter sido dada a dignidade de passarem à reforma por invalidez tendo sendo obrigados a trabalhar, num caso com leucemia e noutra com cancro. Já sabemos que o cidadão desconhecido não é mais que um número para governantes, patronato, os chamados “powers that be”. E poderia soltar uma série de argumentos comuno-rebeldes – mas que não deixam de ser verdadeiros – de como a nossa sociedade se torna cada vez mais desumana, de como somos todos (ou quase todos porque quem tem poder não tem este tipo de preocupações) carne para canhão. Dispensáveis. Como é que alguém decide que uma pessoa com leucemia está apta para trabalhar? Qual é o critério de avaliação? E só agora chegaram à conclusão de que é necessário o painel da junta médica ser apenas formado por médicos? Foram preciso duas mortes ficarem conhecidas para que se chegue a esta conclusão? E o que acho mais engraçado nestes casos é que quando os jornalistas recorrem às entidades para pedir esclarecimentos, estas nunca estão disponíveis para prestar declarações. O cidadão comum tem que andar na linha, pagar os seus impostos, cumprir as 8 horas diárias de trabalho, pagar os seguros, pagar os serviços de saúde, auto-estradas e segurança social enquanto as pessoas responsáveis por um serviço nem se dignam a falar dele quando este não funcionou bem. Ai Jesus se há algum director a assumir responsabilidades, que se ele é director é porque tem outras pessoas que podem assumir a responsabilidade por ele. Nestes dois casos, é previsível que não se procure sequer saber quem achou que uma professora com leucemia e um outro com um cancro que quase o impedia de falar estavam mais que aptos para dar aulas. Ironia do destino seria se fosse alguém que neste momento estivesse de baixa psiquiátrica por remorsos da merda que fez. Mas não. Para quem não assume responsabilidades está sempre tudo bem.
“Ssshh, faz de conta que não aconteceu.”
Monday, June 11, 2007
Filhos de Deus
Provavelmente vou soar a um idiota insensível, ainda mais que o normal. Mas correndo esse risco... tenho que ser sincero e dizer... estou cansado (para não dizer farto) de ver notícias relativas à pequena Madeleine McCann. Não ponho em causa os esforços da polícia portuguesa nem da britânica (que afirma ser especialista em resolver casos como este, mas não deve ser dentro das suas fronteiras, dado os inúmeros casos que ficam por solucionar – o que não é nada do outro mundo, ninguém é infalível, nem mesmo os britânicos) nem ponho em causa os esforços dos pais de se valerem da mediatização que o caso criou para criar ou aumentar as hipóteses de encontrar a filha e de que todos os dias tentem despertar a atenção da imprensa para que o caso não morra e continue a mover esforços e apoios para a sua causa. Se estivesse no lugar deles, também iria fazer tudo para encontrar a minha filha, tentasse mover mundos e fundos... talvez não a deixasse sozinha em casa com os dois irmãos gémeos mais novos que ela enquanto fosse jantar fora com a minha esposa, mas penso que isso seja uma questão de educação e no mínimo, bom senso.
Percebo e aceito que essa mediatização seja uma arma usada pelo casal para tentar reaver a filha mas sinceramente já não aguento ouvir mais sobre o caso. E além de estar constantemente a levar com notícias de que o casal McCann foi a Holanda, ao Vaticano, a Espanha, a Marrocos, ao Vale da Porca, à Terra-Média ou a Gotham City, o que me faz espécie é o facto de que se uma criança portuguesa fosse raptada na Inglaterra, não havia nem um terço da celeuma que foi criado à volta do caso. Aliás, quantas crianças não desaparecem todos os dias dentro do nosso país e nem ouvimos uma notícia sobre isso?
Uma vida, é uma vida, seja inglesa, alentejana ou marciana. As diferenças que a sociedade ocidental, supostamente avançada, cria entre elas é que faz com que umas pareçam que têm mais valor que outras. Como é que se sente a família que perdeu o filho ou filha em situações idênticas e que não teve nem metade da cobertura mediática que este caso teve? Como é que se sentem os pais, que com os filhos desaparecidos, vêem que não houve por parte da polícia a mesma concentração de esforços que está a haver para este caso. Acredito que um polícia cumpre sempre ou tenta cumprir sempre o seu dever da melhor maneira que pode (ou em muitos casos, lhe deixam) mas só se fosse cego é que diria que não há das esferas mais altas uma forte influência para que este caso fosse resolvido rapidamente.
É complicado sentir que a vida de quem amamos vale menos por não sermos ninguém de "importante". É exactamente o que eu ouço todos dias no telejornal, a cada notícia que vejo, a cada viagem que é feita, a cada iniciativa que é levada a cabo ou fundo criado:
Uns são filhos de Deus, outro são filhos da p...
Monday, May 21, 2007
I've Got Nothing
Ontem ao ver mais um programa dos Gato Fedorento, foi-me levantada uma questão que de vez em quando me surge seja por minha causa ou por amigos meus. Numa piada acerca do David Hasselhoff estar bêbedo, a minha curiosidade natural e mórbida levou-me a que fosse de imediato ao you tube pesquisar sobre o dito assunto. Curiosamente os primeiros resultados que apareceram não foram aquilo que procurava mas sim sátiras e imitações da situação. Lá encontrei uma que dizia full version e... tenho que dizer que não me impressionou a figura triste pelo o facto de ser uma celebridade, mas por outros motivos. Como alguém disse a comentar o vídeo, todos nós apanhamos ou já apanhámos uma bebedeira e fizemos ou dissemos coisas que nos arrependemos. Impressionou-me o ver-me naquela situação, o de ver amigos meus naquela situação. Quando em fúrias de sinceridade alcoólica respondemos à eterna questão do porquê se fazer aquilo tal como ele respondeu: “I’ve got nothing!”. De sentir que não se tem nada e precisar de algo, seja álcool, drogas ou outras coisas mais ou menos ilícitas, para nos adormecer. Aquela capacidade auto destrutiva que nos classifica como falhados por que simplesmente não conseguimos seguir em frente ou não o queremos fazer. Todos lutam contra isso, todos tentam escapar ao vazio. E embora não concorde com esse tipo de luta... não é algo que me choque. Apenas entristece.
Tuesday, May 01, 2007
Escrever sobre qualquer coisa
Como os blogs. Começam-se, escrevem-se algumas coisas por lá, e ainda não sei de nenhum que ainda não tenha terminado. Tudo acaba, mais cedo ou mais tarde, é uma questão de tempo.
O amor, tal como a vida, também acaba. Gostava de viver naqueles livros que li ou naqueles filmes em que chorei por ser tudo tão bonito. Mas até esses livros têm uma última página e os filmes a última cena. depois também acabam.
Não sei o que posso ganhar ao falar disto ou daquilo. Não sou nenhuma escritora, se fosse provavelmente podia fazer com que o que escrevo durasse mais. Que, após alguém ler, fosse pensar nas minhas palavras, dormir nas minhas palavras, brincar, detestar e fazer amor com as minhas palavras. Aí, até esse alguém se esquecer de ter lido isto, eu ia existir.
Cada palavra que escrevo tem outras mil palavras dentro dela. Cada palavra que leio tem outras mil. Gostava de poder pensar menos, mas não dá para parar.
Escrever sobre qualquer coisa...! Acho que para a próxima escrevo sobre o mar e as músicas músicas preferidas. Sobre chocolate quente, batidos e sumos naturais. Essas coisas todas que eu tanto gosto. Hoje.. foi só sobre "qualquer coisa"...
Para a próxima será melhor ;)
Wednesday, April 18, 2007
Rir É O Melhor Remédio
Cada vez mais dou importância ao acto de rir. É bom. Experimentem rodear-se das pessoas/situações mais caricatas e riam. Chorem para dentro e riam para fora. Essa dúvida do “É para rir ou para chorar?” é facilmente resolvida. Riam. Com as vossas desgraças, com as vossas alegrias. Riam. As coisas não estão fáceis mas porquê chorar? Choramos ao nascer, provavelmente iremos chorar ao morrer (ou alguém vai chorar por nós). Cada vez mais a água assume um papel decisivo neste mundo de aquecimento global e nós a contribuirmos para a nossa desidratação? É um desperdício, é quase um crime. Deveria ser punido. Severamente! Quando estivéssemos a chorar deveríamos nos lembrar de como o Marques Mendes se apresentou às crianças aquando uma visita a uma escola. Quando perguntou se sabiam quem ele era e perante a resposta negativa da generalidade dos pequenitates (não é nenhuma piada em relação à altura) ele rematou com um “Sou aquele do ganda noia”. Não é para rir? Riam. Como é que alguém pode chorar num país destes? Somos os maiores. Riam-se com a idiotice mentecapta da extrema direita, é sempre bom ver alguém que opta por não usar o cérebro. Afinal se assim não fosse, de quem nos iríamos rir? Riam-se com os comunas que ainda sonham com o regresso da URSS (aaaaaaaaaah que saudades da cortina de ferro) e que o sistema ideal é o cubano – os que fogem em barcos, canoas e panelas são todos cubanos imperialistas e capitalistas arraçados do Pacheco Pereira que estão fartos de viver num paraíso onde a miséria foi erradicada desde os anos 50. E se a política não vos faz rir porque não olham para a situação económica, ambiental, social, humana do mundo em que vivemos?
RIAM!
Porque independentemente de estarmos a chorar ou a rir, estaremos sempre fodidos. Pelo mundo que está ser farto de ser fodido por nós, pelo governo que tem o direito de nos foder por ter sido eleito por nós, pela criminalidade porque o povo está farto de ser fodido por toda a gente, até pelo pão que cai sempre com a manteiga virada para o chão.
Não tem nada a perder, só boa disposição a ganhar. Quando o vosso patrão vos tiver a foder, riam-se e pensem para vocês mesmos “ahaha cabrão do caralho, já me estás a foder”. Diminui o stress e aumenta a capacidade de recuperação. Se nos rirmos das nossas desgraças talvez nos leve a agir sobre elas em vez de ficarmos no nosso canto a chorar por sermos uns coitadinhos que não temos sorte nenhuma.
Aceitem o facto que estamos por cá para sermos encavados por tudo e por todos (e para encavar também) e para aprendermos com as encavadelas. Mais que não seja para aprender a rir.
Monday, January 08, 2007
Pró-Idiota
Como tal faço aqui o apelo para a criação do primeiro blog pró-idiota. Será algo para nos manter na vanguarda. Um blog de apoio e partilha de opiniões de todos os idiotas, dos seus problemas, dúvidas e idiotices. Todos os que procuram pelo ideal da idiotice podem encontrar aqui o seu refúgio. Eu acho que faz sucesso. Pelo menos candidatos não parecem faltar.