Eu não sou bonito, eu não sou inteligente, não sou religioso, não sou supersticioso, não sou ambicioso, não sou egoísta, não sou generoso, não sou corajoso e tenho traumas causados pela constante ausência de tudo em que sou. Mas eu sei o que sou. Sei onde começo e sei onde acabo. As diferentes nuances da minha tristeza, as razões da minha solidão e o constante afastamento de todos. Sei que ninguém vai perceber isso, embora alguns se dêem ao trabalho de tentar. Sei que vão se chatear comigo por se darem ao trabalho de tentar e não conseguir.
Eu não vou explicar.
Reservo a mim o direito de ser ausente de tudo e de todos e de me afastar do mundo para os diversos criados para mim. A realidade aborrece-me por ser previsível, os problemas não mudam realmente. Não estou para os amigos do passado, não estou para amizades superficiais, não estou para arranjar a paciência que esgotei a tentar arranjá-la. Não estou para a vida que me continuam a dizer que tenho de fazer. Não estou para o vazio que querem que siga mesmo que isso signifique o "cheio" só e nú, numa caverna longe de tudo e de todos. Não estou para promessas de planos e vidas que nunca se vão cumprir, para juras de amor vazias de sentido e razão apenas feitas no calor da paixão ou elevado apetite sexual. Não estou para conversas de circunstância, olhares para a atmosfera, olás-tudobem-adeus. Não estou para convívios e socializações vazias e fúteis. Não estou para engates. Não vou fingir ser uma pessoa vazia e fútil apenas para agradar aos meus instintos mais primitivos e animais e para depois me censurar a mim próprio o porquê de me ter envolvido com alguém que não me diz a ponta do corno.
Simplesmente não estou. No bar, em casa, na cidade, distrito, na porra do país da porra do mundo na merda do sistema solar.
Mas não tenham medo, que onde eu ando, não há a possibilidade de nos encontrarmos. Mas se por alguma eventualidade do destino isso acontecer, continuam a não haver motivos para preocupação. Eu sou aquele que não é notado porque não quer ser notado. Eu sou aquele que desliza entre as multidões no sentido oposto delas. Por isso se estivermos alguma vez perto, eu irei definitivamente na direcção contrária.
Eu não vou explicar.
Reservo a mim o direito de ser ausente de tudo e de todos e de me afastar do mundo para os diversos criados para mim. A realidade aborrece-me por ser previsível, os problemas não mudam realmente. Não estou para os amigos do passado, não estou para amizades superficiais, não estou para arranjar a paciência que esgotei a tentar arranjá-la. Não estou para a vida que me continuam a dizer que tenho de fazer. Não estou para o vazio que querem que siga mesmo que isso signifique o "cheio" só e nú, numa caverna longe de tudo e de todos. Não estou para promessas de planos e vidas que nunca se vão cumprir, para juras de amor vazias de sentido e razão apenas feitas no calor da paixão ou elevado apetite sexual. Não estou para conversas de circunstância, olhares para a atmosfera, olás-tudobem-adeus. Não estou para convívios e socializações vazias e fúteis. Não estou para engates. Não vou fingir ser uma pessoa vazia e fútil apenas para agradar aos meus instintos mais primitivos e animais e para depois me censurar a mim próprio o porquê de me ter envolvido com alguém que não me diz a ponta do corno.
Simplesmente não estou. No bar, em casa, na cidade, distrito, na porra do país da porra do mundo na merda do sistema solar.
Mas não tenham medo, que onde eu ando, não há a possibilidade de nos encontrarmos. Mas se por alguma eventualidade do destino isso acontecer, continuam a não haver motivos para preocupação. Eu sou aquele que não é notado porque não quer ser notado. Eu sou aquele que desliza entre as multidões no sentido oposto delas. Por isso se estivermos alguma vez perto, eu irei definitivamente na direcção contrária.
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