Saturday, December 05, 2009

Perguntas Pt2

Ok, tenho que admitir que a suposta a pergunta definitiva é tudo menos definitiva. Apenas mais uma forma de tentar encontrar uma explicação para os momentos de transcendência que alguns de nós atravessam.
É um pouco o mal de nós, humanos. Queremos algo a que nos possamos agarrar. Algo que nos possa confortar por ser infinito, por ser imutável. Precisamos dessa segurança, já que o mundo é cada vez mais caótico. Então criamos os mitos, os milagres, algo que nos transcenda e que nos diga que algo vai manter-se sempre igual. E fazemos perguntas porque queremos as respostas que nos dêem essa confiança, essa segurança. Mas é um processo viciciado porque só fazemos as perguntas para as respostas seguras - embora mesmo nessas, nem todos as consigam obter. É importante para nós pensarmos no:

Quem sou eu?

O que estou aqui a fazer?

Qual é o sentido da vida?

Porque estas questões estão viciadas, estas questões irremediavelmente levam-nos a crenças que nos são impingidas, ou seja, encontramos as respostas fora de nós e não no sítio onde elas estão. Dentro de nós.
Fazemos as perguntas porque quisemos ser ignorantes, porque senão o fossemos, não haveria a aprendizagem. E essa sede de conhecimento não é mais que um desejo para que voltemos a ser o já fomos e vamos ser. A falta de paciência que tanto nos caracteriza traduz-se em perguntas que nos confortam tanto como as respostas. É um paradoxo mas muitas das verdades estão contidas nos paradoxos. Precisamos de respostas para que nos conforte, para que nos possamos agarrar a algo. No entanto, também precisamos de perguntas para que nos atormente. A dor da dúvida quanto à nossa existência. Precisamos do equilíbrio entre estes dois paradoxos, mesmo inconscientemente, porque é apenas um jogo de gato e rato que nos dispusemos a jogar. Um jogo de diversão porque esse jogo não é um objectivo em si, apenas pode ser um meio. A verdade é que no tabuleiro em que nos encontramos inseridos as respostas e perguntas não estão ao nosso alcance. Não no nosso léxico, nos nossos conhecimentos. Estão bem mais além deles, porque todas estas perguntas e respostas apenas nos limitam de uma forma que nunca iremos compreender verdadeiramente.

Isso não vai impedir que continuamos a andar pelo tabuleiro a fazer perguntas e a encontrar as respostas que achamos convenientes, porque a resposta definitiva à pergunta definitiva é... nós fazemos o que temos de fazer, mesmo sem o saber. Os porquês são um detalhe que não nos aproxima do objectivo final.

Wednesday, November 04, 2009

Perguntas - Pt 1

Estou numa de perguntas. Sempre estive mas a importância que elas tiveram foram diminuindo ou aumentando conforme o curso dos tempos. Acompanhando as perguntas, sempre tive uma sede insaciável por respostas. A pergunta era apenas uma desculpa para chegar à resposta. A verdade, fosse ela doce ou crua e dura, era sempre algo que me atormentava não ter. E quando tinha, atormentava-me com ela.
Ultimamente, seguindo a onda do não interessa, as respostas cada vez me interessam menos. Então faço perguntas apenas por as fazer. Talvez a fazer pirraça a quem julga ter as suas respostas.

Quem sou eu?

O que estou aqui a fazer?

Qual é o sentido da vida?

Não, não, nada disto. Algo não tão óbvio. A importância de fazer as perguntas certas mesmo quando não se quer respostas é fundamental até mesmo para conseguir suportar aquela pessoa para a qual não temos paciência ou para tentar encontrar saídas que nós próprios montámos. Claro que isso é acompanhado de uma certa arrogância mas, já que estou numa de seguir a vertente do não interessa, é perfeito.
Enquanto uns procuram pela resposta a tudo, eu procuro pela pergunta a tudo. A definitiva. Sei que não a vou encontrar à primeira, mas, tenho de começar por algum lado... aqui vai:

Ao nos sentirmos estranhos no nosso corpo, mesmo por momentos, é isso uma percepção de que ele não é mesmo nosso?

Thursday, October 01, 2009

Saída Pt2

"A porta da rua é a serventia da casa".

Será que era assim? Não me recordo bem, mas também não interessa, não é importante e dá para perceber a ideia de qualquer forma.

As pessoas que conhecemos ou que lidamos agora, no momento presente da nossa vida, para nós duram para sempre, tal como o agora. Um infindável momento presente que vai durar para sempre. O que temos, o que somos, a nossa juventude, as nossas capacidades físicas e mentais. Optamos por ignorar a nossa mortalidade, talvez fruto desta sociedade que nos obriga a andar a 200 km por hora e deixa-nos sem força ou energia para pararmos e reflectirmos. Não vou focar este ponto porque seria conversa para várias páginas de dissertações com mais ou menos valor. É apenas para vos dar um contexto daquilo que eu sinto.

Nesse momento de estupidez ingénua em que pensamos que o presente se perpetua no infinito tal como nós próprios, julgamos igualmente que para tudo o resto assim irá acontecer. Como já disse mil e umas vezes em mil e um sítios, não gosto de mudança embora a mudança goste de mim. A vida tem uma forma engraçada ou pelo menos irónica de me enfiar as mudanças pela goela abaixo, principalmente eu me acomodo a algo, seja a lugares ou pessoas. Mas mesmo assim, não me vou desviar do assunto, que são pessoas e não lugares.

Julgamos que as pessoas que estão na nossa vida são para sempre, estarão connosco para sempre, por fazerem parte do nosso dia-a-dia, a nossa mente preguiçosa e adormecida por este mundo, diz-nos que irá ser sempre assim mas a verdade é que podemos contar pelos dedos de uma mão o número de pessoas que nos acompanha na nossa vida, e que realmente se mantêm próximas, resistindo à nossa evolução, às delas próprias e às mudanças da vida de ambas. Colegas de trabalho que que deixam de o ser e que apesar do contacto diário, é preciso uns tempos largos de ausência para que fique provado - para aqueles que se importam - que não há nada em comum, nada além de um certo espaço e período temporal ter sido partilhado, um momento ou mais momentos, que contrário ao que pesávamos, não se perpetuou no tempo.

Quando acontecem certos reencontros com pessoas que julgávamos próximas, que iriam ser sempre próximas, com quem tínhamos as maiores afinidades, desde gostos musicais a projectos de vida, eles são na maior parte das vezes, confirmações de que o que nos uniu a essas pessoas não foi mais do que uma breve passagem no tempo. Seja por tenhamos ficado na mesma e a outra pessoa tenha mudado radicalmente, seja pela confusão que isso nos faz, mas a verdade é que é impossível não pararmos, contrariamente ao que o mundo quer, para pensarmos:

"Porra, que raio nós tínhamos em comum?"

Ainda não encontrei um ponto negativo em nenhuma destas saídas que aconteceram na minha vida. Seja pelo o que elas significaram para mim e até para as outras pessoas, pela evolução e caminho que a vida nos deu. Mesmo que isso signifique tenha havido uma quebra total, com a qual estivemos contra ou a favor. Com raiva ou apenas com indiferença. Por alguma razão, elas não ficaram. Por alguma razão, não interessa qual. A minha porta já esteve mais fechada, já esteve mais à vista de todos, talvez não seja a mais convidativa e admito que seja intimidante, mas não me interessa, porque continuam cá dentro os que precisam de estar. Quando não tiverem de estar, a porta da rua continuará a ser a serventia da casa. E talvez, um dia destes, nos encontremos na rua e troquemos falsas esperanças juntos com contactos de telemóvel ou e-mail de recuperar aquilo que já não irá a ser porque já não há mais nada a falar. Nesses momentos em que nos apercebemos que o que nos separa...

são as coisas grandes.

Sunday, August 23, 2009

Campo de Sonhos

Recentemente cheguei à conclusão que não sei amar ou não sei o que é o amor. Nunca o senti. Ou talvez o esteja a sentir pela primeira vez. Há quem diga que com amor tudo fica claro, há quem diga que com o amor tudo fica confuso. Eu vejo tudo claramente mas o que vejo, deixa-me confuso. Toda a minha vida procurei por regras, por provas por algo que me pudesse guiar, por gurus ou vozes que me dissessem:

"Se construíres, eles virão"

E volta e meia, lá estou eu nessa situação. A esperar ouvir essa voz. Já deixei o guru para trás faz tempo e a voz... a voz abandonou-me, ou eu abandonei-a por falta de fé. Eu gostaria de vos explicar melhor porque na verdade ninguém vai entender. Ou quase ninguém.
Sempre que me resigno à minha situação, condição e destino, há sempre qualquer coisa que me desperta. Algum oásis que me obriga a correr na sua direcção, coisa que faço sempre, apesar da voz me dizer "não vás".
Mas eu vou.

Fechado ao mundo, afastado de tudo e de todos, e livre para percorrer o meu caminho de suposta criatividade mental e vivência imaginária dentro de mim próprio, eu estava quase a conformar-me com a minha sorte. Apesar de tudo, não me posso queixar. Tento combater as minhas preocupações conforme elas vão aparecendo, tento minimizá-las como posso sem me deixar abater por elas. Até que surge algo. Uma espécie de miragem. Mais um oásis, penso eu, um refúgio que sonho secretamente. Mas essa miragem, esse oásis... não me parece real. Não pode ser. Não, agora que me tinha habituado ao deserto.

E eu ouço as vozes dizerem-me:
"Se construíres, eles virão"

E eu recuso-me. Para construir algo, terei de destruir algo, tal como fizeram comigo anos atrás. Destruir para construir. E eu recuso-me. Eu sou egóista, eu fecho os olhos e volto as costas ao mundo, porque não o sinto. Não o quero sentir. Porque não consigo sentir. Pelo menos nada de bom. Será o amor egóista? Será que tenho que ser egóista para construir o meu lar de felicidade? Será que para ser feliz alguém terá de ser infeliz? Talvez... mas não por iniciativa minha.

Vou ter que me contentar com as miragens porque essas só me fazem mal a mim.

Monday, August 03, 2009

Saída Pt1

Quantas pessoas nós conhecemos na nossa vida? Não digo realmente conhecer porque se calhar os números seriam bastante baixos do que primeiramente esperaríamos. Os colegas, os amigos de ocasião... convenhamos, nem pelo Benfica passam tantas pessoas. A maior parte nem se apercebe disso, apenas segue a sua vida, dia após dia, sem olhar para trás. Depois quando se vê alguém conhecido a conversa é capaz de ser algo como:

"Há tanto tempo que não te via. Estás gordo(a)/magro(a), etc".

Basicamente tentamos resumir no espaço de 30 segundos aquilo que perdemos em 5 anos de forma a que não nos sintamos culpados por estarmos longe dessa(s) pessoa(s). E do outro lado, a outra pessoa, também não fica melhor porque quando lhe perguntam "Então o que tens feito? Como está tudo?" ele basicamente tem duas opções:

1) Bem, os meus avós morreram, tive 3 namoradas, um noivado e um casamento, estou a pagar uma casa, um carro e uma pensão de alimentos para pagar à mulher que entretanto me divorciei. Tenho um filho de 3 anos que não foi baptizado porque acredito na liberdade da escolha de religião mas vou-lhe dar até aos 15 anos para fazer uma escolha, depois disso obrigo-o a ser budista. Os meus pais também se divorciaram, fruto dos insucessos comerciais das pequenas empresas dos meus pais, que obrigaram que me tivesse a entalar em toneladas de dívidas para os poder ajudar. Também tenho um sobrinho que é um terrorista e que gosta de espancar gatos com uma colher de pau e de fechá-los dentro de uma sanita e puxar o autoclismo. Neste momento estou a viver uma fase de reflexão pessoal e encontrar o meu verdadeiro eu espiritual. Descobri que já fui uma prostituta na idade média e que por isso vou mudar de sexo e deixar de tomar banho para resolver todo o karma pendente que tenha dentro de mim e para viver em paz. E tu?

2) Ah, nada de mais. Isto ali, aquilo acolá. Tu sabes, o costume. E tu?

No final ficamos contentes por cada um ter seguido o seu caminho, porque chegamos à conclusão em que ainda bem que assim aconteceu porque não conseguiriamos estar perto de alguém tão desinteressante - opção 2 - ou de alguém interessante demais - opção 1. E isso conforta-nos. Dá-nos a palmadinha nas costas para seguirmos caminho, sem olhar para trás.
Nada contra isso, e contra mim falo, mas... não deixa de ser engraçado, nós estabelecermos juízos sobre as pessoas sem as conhecermos, por vezes lamentar-mo-nos de as conhecermos minimamente e quando as conhecemos minimamente, lamentarmos por isso mesmo.
Elas saiem e entram para nos mostrarem que no fundo, no fundo, andámos à nossa procura e ainda não nos encontrámos. Essa é uma hipótese. A outra é que elas entram e saiem da nossa vida para que aprendamos alguma coisa com a sua passagem, pequenos pormenores, pequenas lições. Mas nós só costuamos ver as coisas no grande plano, e por isso quando nos perguntam o que tens feito, nós não achamos nada de realmente importante para dizer.

São as pequenas coisas.

Tuesday, July 07, 2009

Liberdade II

Há coisa de 3 anos e pouco falei aqui de liberdade, ou de um aspecto dela. De como ela é ilusória ou mesmo utópica. Hoje tanto tempo depois, venho falar de uma outra parte da liberdade e do reflexo dos dias em que vivemos e fazer uma conclusão do assunto. Ou da reflexão, já que o assunto é capaz de não ter conclusão. Hoje em dia temos a possibilidade de nos expremirmos de maneiras que podem chegar e tocar milhares de pessoas, coisa impensável até há bem pouco tempo. O sítio onde estou a escrever é o exemplo perfeito disso, a blogsfera, a internet. Temos a possibilidade para os nossos pontos de vista, para as nossas teorias mirabolantes - e eu tenho muitas - para os nossos desabafos e é o nosso único refúgio. A liberdade de sermos quem realmente somos, sem máscaras sem nada. Claro que existem aqueles que usam máscaras eternamente por terem segundas intenções.
Não interessa. Tanto numa vertente como noutra, a liberdade está cá e cabe-nos a nós usá-la bem. É certo que a sociedade, o materialismo e todas as porcarias que nos deixamos que nos prendam, limitam essa liberdade... ou que nós próprios limitamos essa liberdade e também é certo que a internet permite um total oposto de liberdade que é prejudicial. Corro o risco de me estar a repetir até à exaustão mas a solução está invariavelmente no meio termo. Temos que fazer concessões, mas não nos podemos deixar oprimir pela vida que temos, pelos empregos que temos. Podemos usar a liberdade que temos e vivemos (enquanto a temos) para nos descobrirmos a nós próprios, para sermos nós próprios. Talvez a internet não favoreça isso, talvez a liberdade total da internet faça com que nos percamos naquilo que podemos fazer... e talvez o ser humano precise da falta de liberdade para saber aquilo que realmente quer e quem realmente é.

O mais provável é a maioria não o descobrir.

Thursday, June 11, 2009

Livre arbitrio

Perdi completamente a capacidade de falar com outros seres humanos. Não sei se alguma vez a tive. A única maneira que tenho de ter uma conversa profunda e algo libertadora é falando com os meus dedos no teclado e a ver letras pretas a aparecerem no ecrã com o fundo branco. Mas não é uma conversa a sério, é um monólogo. O assustador é que eu sinto exactamente o mesmo quando falo com as pessoas, que essa é a razão pela qual não falo com as pessoas. Eu sei o que elas vão dizer, eu sei o que elas vão pensar. Sei o que elas vão dizer para eu ultrapassar as constantes depressões, alterações de humor, o quer que seja. Sei porque as respostas que me dão são as mesmas que tenho. Não chega, quero outra coisa qualquer. Sinto-me à procura do divino no mundano e a ficar eternamente frustrado não por saber que não o vou encontrar mas por saber que não vou desistir. Por teimosia, por estupidez por cegueira auto-inflingida.
E depois de tanto tempo continuo sem saber o que tenho, depois de tanto tempo continuo a precisar de deitar tudo cá para fora, na forma de letras pretas a aparecerem no ecrã com fundo branco, porque é único que se mantém por perto, é unico que por mais que diga idiotices não se afasta. Não porque não quer, apenas porque não pode.
Tal como eu.

Monday, June 01, 2009

Equilíbrio

O frágil equilíbrio entre dar e receber. Não deve haver medidas, não deve haver regras. Apenas sentir. Sei que digo isto muitas vezes e para muita coisa e mesmo correndo o risco de me repetir até à exaustão, tenho de o dizer mais uma vez. Não há outra solução, não há volta a dar. Temos que sentir para fazer. Para sermos honestos com os outros e connosco próprios. Agora uma questão. Quando esse equilíbrio está em risco, quando nós nos apercebemos disso, o que é que deve ser feito? Repormos nós o que falta para o equilíbrio, mesmo sendo algo forçado, não-natural, ou apenas esperarmos que ele venha por si?

É que... estou farto de esperar...

Thursday, April 30, 2009

A Malta

Estive a olhar ali para a coluna do lado esquerdo deste blog e não me deixou de me parecer irónico. Desde criança que tive uma pancada pelo o grupo. A malta. A malta estar toda reunida. Curtir um som. Apenas estar. A malta, a malta, a malta. Cedo me apercebi que não havia malta. Pelo menos não para mim. Não sou um tipo de pessoa que se coadune com... a malta. E mesmo depois de saber isto ainda tentei encontrar a malta noutros locais. Ou seja, em vez de ter a malta perto de onde moro, tentei encontrar a malta longe de mim. Não resultou também. Não sou mesmo um tipo de pessoa que se coadune com... a malta. Qualquer tipo de malta. E isso chateou-me. Principalmente porque nessa altura eu queria arranjar a malta para os meus projectos musicais. E chegou a certa altura que a frustração levou-me a que os padrões de procura e selecção fossem bastante relaxados. E isso levou a que a malta que arranjava para os projectos musicais não estavam bem virados para a coisa. A chamada malta que é malta por simpatia. Obviamente que chegou a altura em que me fartei e mandei a malta toda pastar.
Voltando ao início da questão, a malta que estava aqui estava por simpatia. Não era bem isto que queriam, alguém os chateou para vir para cá e depois quando já ninguém estava a olhar... bazaram todos.
É uma lição válida para a vida. Não vale a pena chatear a malta para algo que eles não querem fazer porque mesmo que eles digam que o vão fazer, na primeira oportunidade que têm para voltar as costas, desaparecem todos.

Tuesday, February 24, 2009

Doença

Nunca se sentiram doentes sem saberem exactamente o que têm? Como se fosse fome mas ao mesmo agonia quando se pensa em algo comer. Como se a cada condição que sentem e a cada solução para essa mesma condição se revelasse desajustada.

Talvez seja isto, talvez seja aquilo.

E entra-se numa dança de maleitas e mezinhas até encontrar aquela que faz mais sentido ou então até que se seja vencido pelo cansaço e não se procure mais.
No dia em que encontrarmos todos a nossa doença, será o dia em que finalmente a iremos começar a curar e não nos deixarmos ficar apenas a sentir doentes em desesperança.